Deitada sobre meu corpo, escrevi com as águas internas, tinta sagrada.
Somos feitos das águas do amor.
E muitas vezes testados na seca interior.
Sem tempo para respirar no pesado vazio
que parece frágil e sufocante superando crises ancestrais.
Seguimos escutando um breve conforto nas batidas do peito alheio.
Dormindo no horizonte mágico de um encontro irrigado.
Entre silêncios e gritos nos fazemos um corpo n'alma .
Que momento lindo e intenso, cheio de dores capaz de criar versos em cores.
Ela me deu o que eu mais precisava, o seu líquido mais precioso, de olho para olho,
feito um colírio poético, e eu pude sentir na hora os efeitos da criação.
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